Liga dos Campeões

SPORTING "SALVA" HONRA PORTUGUESA

Num estádio do Luzhniki completamente cheio, Paulo Bento escolheu seis jogadores formados no Clube para o "onze" apresentado: Ricardo; Miguel Garcia, Polga, Tonel e Caneira; Miguel Veloso, Nani, Tello e João Moutinho; Liedson e Yannick.
A estratégia era clara – jogar e tentar dominar – mas o golo madrugador de Boyarintsev aumentou as dificuldades iniciais reveladas de adaptação ao piso sintético onde decorreu a partida. O Spartak chegou à vantagem, num remate indefensável do extremo esquerdo russo, e tentou dilatá-la rapidamente, perante um conjunto "leonino", que, no primeiro quarto de hora, revelou uma grande dificuldade na transição defesa-ataque, não só pela falta de adaptação ao piso, mas também pela muralha de cinco jogadores russos colocados imediatamente à frente da área "verde e branca".
Esta pressão alta russa, impediu que os comandados por Paulo Bento iniciassem o processo ofensivo com a bola junto ao relvado, optando pelos lançamentos longos para a dupla "velocista" Liedson e Yannick, embora sem sucesso nos primeiros 45 minutos.
A primeira parte foi muito disputada a meio campo, sem grandes oportunidades de perigo. Nani (16m), dispôs da única oportunidade "verde e branca", num livre que encontrou a direcção da baliza, com os russos a responderem perto do intervalo, com Boyarintsev a aparecer solto na esquerda, mas Ricardo defendeu o seu remate à figura.
Ao intervalo, Paulo Bento deixou Miguel Garcia no balneário por troca com Alecsandro, promovendo a passagem de Caneira para defesa direito, Tello para o lado esquerdo, Nani para interior esquerdo e Yannick nas costas de Liedson e o recém-entrado avançado brasileiro. Todas estas alterações não tiveram resultado de imediato, já que o Spartak voltou a entrar na partida "a todo o gás", valendo a Ricardo, na melhor defesa do encontro aos 48m, a manutenção do resultado.
Liedson, em lance individual, deixou o aviso com o seu remate de pé esquerdo a passar rente ao poste esquerdo, com o avançado brasileiro a ser, dez minutos depois, parte activa no lance do golo do empate. Aos 58 minutos, Yannick iniciou o lance com um passe para Nani que, após tabelar com Liedson e, ultrapassou o guarda-redes russo e fez o empate num remate de ângulo apertado.
Restabelecida a igualdade inicial, e já com Paredes em campo por troca com Tonel – passando Miguel Velosos para central – o Sporting iniciou o seu melhor período, conseguindo a manutenção da posse de bola e circulá-la entre sectores. Este facto "arrefeceu" a reacção russa, que apenas surgiu nos últimos cinco minutos, mas sempre mais com o coração, lançamentos longos para a área, do que em jogadas elaboradas.
O Sporting controlou o adversário e garantiu um ponto importante na luta pelo apuramento para a fase seguinte da competição.
Ficha de Jogo:
Futebol – 2ª jornada da Liga dos Campeões

2006-09-27 Estádio Luzhniki, Moscovo Rússia

Árbitro: Martin Hansson (Suécia)Árbitros auxiliares: Henrik Andren e Joakin Flink

Resultado ao intervalo: 1-0
Spartak Moscovo, 1

Wojciech Kowalewski; Martin Jiránek, Geder, Martin Stranzl e Roman Shishkin; Radoslav Kovac, Mozart (Owusu-Abeyie, 79m), Vladimir Bystrov, Denis Boyarintsev e Egor Titov; Roman Pavlyuchenko (Aleksei Rebko, 79m)

Treinador: Vladimir Fedotov

Suplentes não utilizados:Dmitri Khomich, Dmitri Torbinskiy, Clemente Rodriguez, Maksin Kalinichenko e Fernando Cavenaghi

Disciplina:Cartão amarelo a Stranzl (80m)

Golo:4m – Boyarintsev

SPORTING CLUBE PORTUGAL, 1

Ricardo, Miguel Garcia (Alecsandro 45m), Tonel (Paredes, 57m), Polga e Caneira; Miguel Veloso, João Moutinho, Tello e Nani; Yannick (João Alves, 81m) e Liedson

Treinador: Paulo Bento

Suplentes não utilizados: Tiago, Abel, Romagnoli e Carlos Bueno

Disciplina:Cartões amarelos a Tonel (9m) e Miguel Veloso (18m)

Golo:58m – Nani

Texto: Jorge Vicente

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MISSÃO CUMPRIDA

D. Aves, 0 – Sporting, 2

O Sporting voltou aos triunfos no campeonato, vencendo na Vila das Aves por 2-0. Alecsandro, aos 15 minutos, estreou-se a marcar pelos “leões”, Tonel, aos 82, garantiu a vitória verde e branca.
Dada a proximidade do confronto para a Liga Campeões em Moscovo, na próxima quarta-feira, Paulo Bento promoveu três alterações para o jogo na Vila das Aves. Nova prova de confiança para Miguel Veloso, que desta vez surgiu a jogar como central, ao lado de Polga (Tonel foi poupado), ficando as laterais por conta de Miguel Garcia e Ronny, regressado ao lado esquerdo da defesa (Caneira). Com um meio campo a oferecer grande mobilidade, Moutinho assumiu o papel de trinco, com Tello e Nani nas faixas, e Yannick Djaló em cunha (tal como havia feito na última meia hora com o Inter de Milão), no apoio a Liedson e Alecsandro.
Os “leões” assumiram a iniciativa do encontro, tentando esquecer rapidamente o desaire “ frente ao Paços de Ferreira.Num campo complicado (o relvado deixou muito a desejar), a equipa do professor Neca tinha avisado que só um “grande” Sporting podia passar na Vila das Aves. Os “leões” acabaram por deram boa conta do recado, conseguindo uma vitória justa que mantém o Sporting na perseguição ao líder do campeonato.
O Desportivo das Aves surgiu no terreno também com três alterações em relação à partida na Madeira. Paulo Musse, guarda-redes contrato ao Juventus de São Paulo, ocupou as “redes” (devido ao castigo de Rui Faria), entrando também Leandro para o meio campo e Fredy para o ataque. Porém, desde cedo se percebeu que a equipa nortenha era pouco elástica no momento da transição para a ofensiva (dois centrais adaptados às laterais) e a pressão “leonina” sobre a bola ia garantindo o comando das operações.
A mobilidade dos homens da frente criava desequilíbrios na estrutura defensiva contrária, e as sucessivas tabelas, entre Tello, Nani e Yannick Djaló iam dando sinal mais ao Sporting. O primeiro aviso para a baliza nortenha, surgiu após um cabeceamento de Yannick Djaló para defesa fácil de Paulo Musse, mas ao quarto de hora, João Moutinho com uma bela abertura, descobriu Alecsandro e de primeira com a perna direita inaugurou o marcador. Estava feito o mais difícil, num terreno difícil, mas o primeiro golo do brasileiro com a camisola do Sporting iria galvanizar por completo Alecsandro e a equipa verde e branca. O avançado, muito em foco no partida, por pouco não fez o segundo golo dos “leões”, num período de ataque avassalador da equipa de Paulo Bento.
O Desportivo das Aves tentou responder através da meia distância de Filipe Anunciação, mas à meia hora, na sequência de um canto, Fredy iniciou a reacção com um cabeceamento ao poste.
Um aviso para o Sporting, que mesmo assim continuou dominador na partida e a desenhar bons movimentos ofensivos. Durante esse período Djaló e Tello tiveram novas situações para visar a baliza do Aves, mas seria Liedson – ainda à procura do primeiro golo na Liga – a desperdiçar a melhor situação da primeira parte. Depois de passar com uma facilidade impressionante sobre William, o “levezinho apenas pecou na direcção do remate, frente a Paulo Musse, atirando ao lado.
No segundo tempo, Mércio entrou no jogo (lugar de Fredy), e o Aves, mais concentrado nas marcações, equilibrou as acções no meio campo. Apesar de conseguir inúmeros pontapés de canto, o Sporting passou a ter maiores dificuldades para arranjar espaços na defesa contrária. Paulo Bento mexeu na estrutura, colocando Caneira e Romagnoli nos lugares de Ronny e Alecsandro), num período em que o Aves passou a apostar na rapidez do avançado Hernâni (Fredy), para em contra-ataque, colocar em apuro a defensiva verde e branca.
O Sporting passou a evidenciar menor lucidez no ataque, passando por uma fase algo atabalhoada na construção dos lances ofensivos. A um quarto de hora do final, Liedson, solto de marcação na área, cabeceou fora do alvo, e vendo a falta de dinâmica nas acções ofensivas, Paulo Bento colocou Tonel (substituiu Djaló) em campo para segurar a vantagem. No entanto, bastaram 45 segundos (!) para o defesa-central sentenciar o jogo. Um erro de Paulo Musse, após livre de Tello, bastou para o central fazer o segundo tento dos “leões” e garantiu mais três pontos na Vila das Aves. Até final, e com o Sporting a gerir o resultado, Romagnoli teve nos pés duas situações para ampliar o “score”, mas errou a direcção dos remates. A terceira vitória na Liga portuguesa deixa os “leões” no segundo lugar do campeonato, e com maior confiança para encarar o jogo de quarta-feira frente ao Spartak de Moscovo.

Ficha de jogoLiga Bwin – 4ª jornada

Estádio do Clube Desportivo das Aves (Vila das Aves)

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

Árbitros assistentes: José Ramalho e José Luís Melo

D. Aves: Paulo Musse; Sérgio Carvalho, William, Sérgio Nunes e Anilton Júnior, Filipe Anunciação, Vítor Manuel, Nené (Mércio, 45m), Leandro (Jocivalter, 73m), Fredy (Hernâni, 45m) e Xano.

Treinador: Neca

Suplentes não utilizados: Mota; Bruno Fernandes, Marcelo, Pedro Geraldo e Henrique. Disciplina: Cartão amarelo para Mércio (69m), Vítor Manuel (72m) e Sérgio Nunes (91m).

Sporting: Ricardo; Miguel Garcia, Polga, Miguel Veloso e Ronny (Caneira, 62m), João Moutinho, Nani, Tello, Yannick Djaló (Tonel, 80m), Alecsandro (Romagnoli, 63m) e Liedson.

Treinador: Paulo Bento

Suplentes não utilizados: Tiago; Paredes, Abel e Carlos Bueno.

Disciplina: Nada a assinalar.Golos: Alecsandro (15m) e Tonel (82m).

Texto: Sandro Baguinho

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REESTRUTURAÇÃO APROVADA PELO CONSELHO DIRECTIVO

Na sequência do projecto de reestruturação aprovado pelo Conselho Directivo informam-se as seguintes medidas de reorganização da vertente operacional do Clube.

As Modalidades do Clube ficam sob responsabilidade do Vice-Presidente do Conselho Directivo, Prof. Mário Moniz Pereira (Atletismo) e do Vogal do Conselho Directivo, Eng.º Mário Patrício (restantes Modalidades).

O Prof. José Tomaz desempenha as funções de Director Desportivo das Modalidades do Clube (excepto Atletismo), reportando ao Eng.º Mário Patrício.

É criada a Direcção Geral de Comunicação e Relações Públicas, que agrega a Direcção de Comunicação e as Relações Externas, sob responsabilidade de Miguel Salema Garção, reportando ao Presidente do Conselho Directivo.

O Dr. João Pedro Varandas é o Assessor do Conselho Directivo e do Presidente do Clube para a organização das reuniões dos Órgãos Sociais e Assembleia Gerais.

Na sequência das medidas acima referidas, foram extintas as funções de Director Geral e de Secretário Geral do Clube, transitando o Dr. Pedro Batalha Ribeiro para a Direcção Geral da Sporting Património e Marketing, SA com a coordenação das áreas Jurídica, Projectos Imobiliários e Recursos Humanos.

Foi criado o Gabinete de Estudos e Documentação, que ficará sob Direcção do Mário Casquilho.

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FILIPE SOARES FRANCO: "Não é só o árbitro que está em campo..."

Filipe Soares Franco, presidente do Conselho Directivo do Sporting, marcou presença na apresentação do livro "50 anos a rugir na Europa" que decorreu nas Fan Lab Sporting/TBZ. No final do evento, o líder máximo da Instituição "leonina" disponibilizou-se para responder a algumas questões colocadas pelos jornalistas presentes.

Filipe Soares Franco, que ainda não tinha tecido nenhum comentário sobre a arbitragem de João Ferreira, no encontro entre os "leões" e o Paços de Ferreira, passou a referir: "Ninguém me ouviu comentar o que se passou porque, na verdade, não tenho que fazer comentário. O Dr. Miguel Ribeiro Teles já tomou uma posição oficial da Sporting SAD e é ele que representa a voz da SAD, logo não vou alterar, nem uma vírgula, do que ele disse".

Questionado sobre se gostava de ver o jogo repetido, Filipe Soares Franco acrescentou: "O Sporting pretende, exactamente, o que o Dr. Miguel Ribeiro Teles afirmou no sábado, dia 16 de Setembro. Ele disse que ia fazer uma exposição e uma queixa. Portanto, não nos cabe a nós solicitar o que quer que seja no sentido da repetição do jogo. O que for solicitado pela Sporting SAD irá no requerimento que estamos a fazer".

Mas, ninguém ficou indiferente à derrota e à forma como o Sporting perdeu três pontos. Sobre esse assunto, o presidente do Conselho Directivo contou duas histórias: "Uma passou-se com um jogador do West Ham. Num jogo em que ele subiu no terreno em direcção à baliza, apercebeu-se que o guarda-redes adversário se lesionara. O jogador, apesar de estar isolado, atirou a bola para fora. Outra história relata um jogo da época passada, em que o Arsenal ganhou um jogo, mas com um jogador da equipa adversária lesionado em campo. No final dessa partida o treinador do Arsenal pediu para que se repetisse o encontro e este foi repetido. Portanto, esta é a grande diferença do futebol português para o futebol inglês".

Filipe Soares Franco explica, porém, o que pretende o Sporting. "O Sporting quer que os árbitros sejam competentes, que a arbitragem seja isenta e que haja um maior rigor e disciplina na apreciação da arbitragem".

Não era premente que a nova direcção da Liga eleita tivesse já tomado posse? Foi a questão feita. O dirigente comentou: "Era premente que a nova direcção da Liga eleita tivesse começado a gerir este Órgão desde o princípio da época, mas não foi isso que um sócio da Liga quis. No que nos diz respeito, o Sporting apenas vai fazer o que legalmente pode fazer".
A finalizar, Filipe Soares Franco comentou as declarações de João Ferreira em que o árbitro assumia o erra, mas dizia-se tranquilo. "Não é só o árbitro que está em campo. Estão também dois árbitros auxiliares e um quarto árbitro que também assinalam faltas...", relembrou o líder verde e branco.

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INJUSTO, É POUCO

Sporting, 0 - Paços de Ferreira, 1

A equipa do Sporting sofreu a primeira derrota da Liga frente ao Paços de Ferreira (0-1). Um resultado influenciado pela actuação do árbitro, que validou um golo marcado pela mão de Ronny, aos 45 minutos. Pelas oportunidades criadas e pela qualidade de jogo do Sporting este resultado é mais do que injusto.

No encontro da terceira jornada da Bwin Liga, Paulo Bento fez duas alterações no 11 inicial, relativamente ao que alinhou frente ao Inter de Milão. Miguel Garcia entrou para o lugar de Abel, enquanto que Yannick cedeu o lugar a Alecsandro. Os “leões” alinharam com Ricardo na baliza, a defesa foi composta por Miguel Garcia, Polga, Tonel e Caneira. No meio campo Miguel Veloso, Moutinho, Nani e Romagnoli, enquanto que a dupla de ataque foi composta por Alecsandro e Liedson.

O encontro com o Paços de Ferreira marcou o centésimo jogo de Ricardo na Liga, uma marca merecedora de ser assinalada. A partida começou a jogar-se de forma aberta, com ambas as equipas a procurarem oportunidades para concretizar. Aos cinco minutos já tinham sido marcados dois livres – um para cada lado – mas foi do castigo marcado por Nani que aconteceu a primeira jogada de perigo, com Peçanha a defender. Os pupilos de Paulo Bento apostaram nas jogadas pelas alas, com Liedson e Alecsandro a trocarem constantemente de flanco.

A partir do primeiro quarto de hora de jogo, os “leões” tomaram as rédeas do encontro e foi dos pés de Romagnoli – que aos 18 minutos – podia ter surgido o primeiro tento da partida, através de um remate forte de fora da grande área, mas a bola saiu ao lado. O pendor atacante do Sporting aumentou e não raras vezes com lances de profundidade e com jogadas ao primeiro toque, mas a defensiva adversária foi afastando o perigo. Através de um canto apontado por Miguel Veloso (28 minutos) surgiu grande perigo para a baliza de Peçanha, mas em cima da linha o defesa cortou o lance de cabeça.

O mesmo Miguel Veloso, aos 30 minutos, através da marcação de um livre directo obrigou Peçanha a aplicar-se para negar o tento. A forma ofensiva com que os “leões” estavam a encarar o encontro criou muitas dificuldades à defensiva do Paços. Aos 38 minutos, uma jogada entre Liedson e Nani podia ter inaugurado o marcador, mas o remate do jovem médio saiu ao lado. A surpresa da partida surgiu aos 45 minutos, quando Ronny, com a mão, marcou o golo do Paços de Ferreira. O árbitro da partida validou o tento e concedeu uma vantagem – para além de irregular – muito injusta.

Com o reatamento do segundo tempo, Paulo Bento fez duas substituições. Ronny entrou para o lugar de Miguel Garcia e Yannick para o lugar de Romagnoli. O Sporting entrou determinado em dar a volta ao resultado. Os “leões” pressionaram alto e desde cedo começaram a criar muitas dificuldades aos defesas do Paços. Aos 53 minutos, um cabeceamento de Alecsandro podia ter reposto a igualdade, mas mais uma vez Peçanha manteve as redes invioláveis. Mesmo a perderem por um golo, os “leões” não perderam o discernimento e, com muita paciência e tranquilidade, tentaram repor justiça no marcador. De forma a refrescar a frente de ataque, Paulo Bento tirou Alecsandro e pôs Bueno, estavam decorridos 61 minutos de jogo. Os “leões” continuaram a imprimir muita velocidade ao jogo e Yannick – com um remate à entrada da área – obrigou Peçanha a nova grande intervenção. Aos 75 minutos gritou-se golo em Alvalade, mas a trave negou o tento do empate.

Peçanha foi o homem da noite ao efectuar defesas impossíveis que negaram o golo ao Sporting. Aos 77 minutos, um cabeceamento de Bueno levou novamente o guardião do Paços de Ferreira a fazer uma grande defesa. Até ao final mais uma mão cheia de oportunidades para o Sporting igualar a partida, mas os avançados “verdes e brancos” não conseguiram acertar. Em suma, uma derrota mais que injusta e que em nada espelhou o que se passou ao longo dos 90 minutos.
Uma palavra para a arbitragem. João Ferreira teve uma noite muito infeliz com intervenção directa no resultado final, já que validou um golo marcado de forma irregular.

Ficha de jogo:Local: Estádio José Alvalade

Árbitro: João Ferreira

Árbitros assistentes: Serafim Nogueira e Pais António
Sporting: Ricardo, Miguel Garcia (Ronny, 45 m), Polga, Tonel, Caneira, Miguel Veloso, João Moutinho, Nani, Romagnoli (Yannick, 45 m), Alecsandro (Bueno, 61 m) e Liedson

Treinador:Paulo Bento

Suplentes não utilizados: Tiago, Tello, João Alves e Abel

Disciplina: Cartão amarelo a Tonel (35 m), João Moutinho (45 m)

Paços de Ferreira: Peçanha, Geraldo, Paulo Sousa, Didi (Emerson, 90 m), Cristiano (João Paulo, 84 m), Ronny (Antunes, 73 m), Luiz Carlos, Elias, Mangualde, Fredy e DaniTreinador: José MotaSuplentes não utilizados: Coelho, Primo, Pedrinha e Renato QueirósDisciplina: Cartão amarelo a Fredy (54 m), Ronny (67 m) e Luiz Carlos (84 m)

Golos: Ronny [com a mão] (45 m)

Texto: Andreia Alexandre

Fotos: Pedro Cruz e Mário Cruz

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VITÓRIA FRENTE AO INTER VALORIZOU ACÇÃO DA SAD

A vitória do Sporting sobre o Inter de Milão no encontro a contar para a Liga dos Campeões fez com que as acções da SAD do Clube de Alvalade, na bolsa, tivessem começado o dia com uma subida significativa.
Na abertura da bolsa, o entusiasmo dos investidores fez-se notar fora do PSI20, com as acções do clube a subirem cerca de 4%. Todavia, ao longo da sessão, a valorização sofreu uma diminuição, mesmo assim, a Sporting SAD avançou 1,4% e vale, agora, por acção cerca de 2,89 euros.
A liquidez do título acabou por ser reduzida, embora superior à média de negociação dos últimos dias. Foram transaccionados cerca de 6.750 títulos, o correspondente a 19.724 euros.

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Galeria de fotos do Sporting - Inter de Milão

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Que regresso!

12-09-2006
LIGA DOS CAMPEÕES -
GRUPO B - 1ª JORNADA:

SPORTING, 1 - INTER DE MILÃO, 0

QUE REGRESSO!

Num cenário de grande festa em Alvalade, o regresso do Sporting à Liga dos Campeões, seis anos depois, foi coroado de êxito. Um golo espectacular de Caneira, aos 65 minutos, quebrou o enguiço dos "leões" frente ao Inter de Milão.
Yannick Djaló foi a grande surpresa no onze de Paulo Bento. O jovem avançado, ausente dos dois primeiros jogos da Liga portuguesa devido a castigo, mereceu a titularidade frente aos italianos, fazendo dupla no ataque com Liedson. No meio campo, Miguel Veloso (que jogo) voltou a surgir na posição de trinco, mantendo-se as quatro unidades utilizadas frente ao Nacional, mas Paulo Bento voltou a impor a lei da rotatividade nas laterais (Caneira e Abel), mantendo Polga e Tonel no eixo defensivo. E foi por aí, através de grande coesão defensiva, que os "leões" começaram a anular as principais "armas do Inter. Roberto Mancini (com Materazzi no banco) apostou na dupla Ibrahimovic/Adriano para atacar a baliza de Ricardo, juntando aos pesos pesados do meio campo (Vieira, Figo e Stankovic, o francês Dacourt para colmatar o lugar deixado vago devido à lesão de Cambiasso.
Perante dois sistemas praticamente semelhantes, houve sempre pouco espaço para jogar na zona intermediária do terreno (muita pressão sobre a bola), contudo a juventude do meio campo do Sporting nunca se intimidou com o poderio italiano. De "peito" feito a equipa verde e branca foi travando as iniciativas do adversário com inteligência e capacidade de sofrimento. Oportunidades flagrantes na primeira parte nem vê-las. Liedson, com uma boa iniciativa individual sobre Maicon pôs a defesa interista em sentido, mas seria Nani (apesar de jogar sempre muito recuado) a causar frisson em Alvalade, à passagem do quarto de hora, numa jogada em que a bola acabou por tocar – de forma involuntária é certo – na mão de Walter Samuel. O árbitro luxemburguês, Alain Hamer, que até meio da primeira parte pareceu pouco caseiro, nada assinalou. Moutinho e Nani garantiam o equilíbrio das operações, enquanto o argentino Romagnoli "desenhava" (quase sempre em tabelas sucessivas) as melhor jogadas da primeira parte. Perante muita intensidade a meio campo, o Inter também não conseguia arranjar espaços para visar a baliza do Sporting. Apenas aos 40 minutos, após jogada de Figo, Adriano intimidou Ricardo, com o internacional português a defender de forma segura.
Se em termos defensivos o Sporting esteve irrepreensível, é um facto que lhe faltava alguma profundidade atacante, mas na segunda parte, com Moutinho a subir um pouco mais, Nani voltou a tentar a sorte de longe num remate ao lado da baliza de Toldo. Ao minuto 65, o momento de viragem no equilíbrio do encontro. Caneira, cheio de fé, marcou um golão com um "disparo" do meio da rua que surpreendeu toda a gente, inclusive Toldo. Em vantagem no marcador, e com a cabeçada de Vieira, pouco depois, em Alecsandro (que havia entrado há pouco para o lugar de Romagnoli), o Sporting ficou com o jogo na "mão". Reduzida a dez unidades, a formação transalpina passou a ter maiores dificuldades para pautar o jogo como havia feito até aí. Mancini ainda trocou Figo por Gonzalez e Adriano por Crespo, mas, apoiando-se nas mudanças de velocidade de Nani e Djaló, os “leões” passaram a gerir o jogo com uma lucidez impressionante. E só não ampliaram a vantagem, porque Liedson chegou atrasado ao cruzamento de Moutinho. Com o Sporting quase a fazer história, Tello (Nani) ajudou a dar maior coesão defensiva a Veloso. Ibrahimovic ainda assustou Alvalade, num remate perto ao poste da baliza de Ricardo, no entanto a equipa de Paulo Bento acabou por dar uma grande lição de maturidade até final (para além de evidenciar muita serenidade a defender), entrando de pé direito na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Sporting, 1 - Inter de Milão, 0

Liga dos Campeões - Grupo B - 1ª jornada

Árbitro: Alain Hamer (Luxemburgo).

SPORTING - Ricardo; Abel, Polga, Tonel, Caneira, Miguel Veloso, Moutinho, Nani (Tello, 81m), Romagnoli (Alecsandro, 65m), Yannick Djaló e Liedson:

Suplentes não utilizados: Tiago; Ronny, Miguel Garcia, João Alves e Carlos Bueno.

Treinador: Paulo Bento.

Disciplina: Cartão amarelo para Liedson (15m) e João Moutinho (20m).

Golo: Caneira (65m).

INTER DE MILÃO - Toldo; Maicon, Walter Samuel, Córdoba, Grosso (Javier Zanetti, 79m), Patrick Vieira, Stankovic, Olivier Dacourt, Luís Figo (Mariano Gonzalez, 66m), Adriano (Crespo, 70m) e Ibrahimovic.

Suplentes não utilizados: Julio César; Maxwell, Santiago Solari e Marco Materazzi.

Treinador: Roberto Mancini.

Disciplina: Cartão amarelo para Toldo (31m) e Patrick Vieira (43 e 67m).

Cartão vermelho para Patrick Vieira (67m).

Resultado ao intervalo: 0-0

12 de Setembro de 2006.

Texto: Sandro Baguinho

Fotos: José Cruz e Mário Cruz

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Sporting - Inter de Milão

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Última oportunidade