Sporting Viseu

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quarta-feira, setembro 27, 2006

Liga dos Campeões

SPORTING "SALVA" HONRA PORTUGUESA

Num estádio do Luzhniki completamente cheio, Paulo Bento escolheu seis jogadores formados no Clube para o "onze" apresentado: Ricardo; Miguel Garcia, Polga, Tonel e Caneira; Miguel Veloso, Nani, Tello e João Moutinho; Liedson e Yannick.
A estratégia era clara – jogar e tentar dominar – mas o golo madrugador de Boyarintsev aumentou as dificuldades iniciais reveladas de adaptação ao piso sintético onde decorreu a partida. O Spartak chegou à vantagem, num remate indefensável do extremo esquerdo russo, e tentou dilatá-la rapidamente, perante um conjunto "leonino", que, no primeiro quarto de hora, revelou uma grande dificuldade na transição defesa-ataque, não só pela falta de adaptação ao piso, mas também pela muralha de cinco jogadores russos colocados imediatamente à frente da área "verde e branca".
Esta pressão alta russa, impediu que os comandados por Paulo Bento iniciassem o processo ofensivo com a bola junto ao relvado, optando pelos lançamentos longos para a dupla "velocista" Liedson e Yannick, embora sem sucesso nos primeiros 45 minutos.
A primeira parte foi muito disputada a meio campo, sem grandes oportunidades de perigo. Nani (16m), dispôs da única oportunidade "verde e branca", num livre que encontrou a direcção da baliza, com os russos a responderem perto do intervalo, com Boyarintsev a aparecer solto na esquerda, mas Ricardo defendeu o seu remate à figura.
Ao intervalo, Paulo Bento deixou Miguel Garcia no balneário por troca com Alecsandro, promovendo a passagem de Caneira para defesa direito, Tello para o lado esquerdo, Nani para interior esquerdo e Yannick nas costas de Liedson e o recém-entrado avançado brasileiro. Todas estas alterações não tiveram resultado de imediato, já que o Spartak voltou a entrar na partida "a todo o gás", valendo a Ricardo, na melhor defesa do encontro aos 48m, a manutenção do resultado.
Liedson, em lance individual, deixou o aviso com o seu remate de pé esquerdo a passar rente ao poste esquerdo, com o avançado brasileiro a ser, dez minutos depois, parte activa no lance do golo do empate. Aos 58 minutos, Yannick iniciou o lance com um passe para Nani que, após tabelar com Liedson e, ultrapassou o guarda-redes russo e fez o empate num remate de ângulo apertado.
Restabelecida a igualdade inicial, e já com Paredes em campo por troca com Tonel – passando Miguel Velosos para central – o Sporting iniciou o seu melhor período, conseguindo a manutenção da posse de bola e circulá-la entre sectores. Este facto "arrefeceu" a reacção russa, que apenas surgiu nos últimos cinco minutos, mas sempre mais com o coração, lançamentos longos para a área, do que em jogadas elaboradas.
O Sporting controlou o adversário e garantiu um ponto importante na luta pelo apuramento para a fase seguinte da competição.
Ficha de Jogo:
Futebol – 2ª jornada da Liga dos Campeões
2006-09-27 Estádio Luzhniki, Moscovo Rússia
Árbitro: Martin Hansson (Suécia)Árbitros auxiliares: Henrik Andren e Joakin Flink
Resultado ao intervalo: 1-0
Spartak Moscovo, 1
Wojciech Kowalewski; Martin Jiránek, Geder, Martin Stranzl e Roman Shishkin; Radoslav Kovac, Mozart (Owusu-Abeyie, 79m), Vladimir Bystrov, Denis Boyarintsev e Egor Titov; Roman Pavlyuchenko (Aleksei Rebko, 79m)
Treinador: Vladimir Fedotov
Suplentes não utilizados:Dmitri Khomich, Dmitri Torbinskiy, Clemente Rodriguez, Maksin Kalinichenko e Fernando Cavenaghi
Disciplina:Cartão amarelo a Stranzl (80m)
Golo:4m – Boyarintsev

SPORTING CLUBE PORTUGAL, 1
Ricardo, Miguel Garcia (Alecsandro 45m), Tonel (Paredes, 57m), Polga e Caneira; Miguel Veloso, João Moutinho, Tello e Nani; Yannick (João Alves, 81m) e Liedson
Treinador: Paulo Bento
Suplentes não utilizados: Tiago, Abel, Romagnoli e Carlos Bueno
Disciplina:Cartões amarelos a Tonel (9m) e Miguel Veloso (18m)
Golo:58m – Nani

Texto: Jorge Vicente


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1 Comments:

At 11:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Só uma equipa forte e personalizada poderia suster as correrias do Spartak de Moscovo, que jogava no seu ambiente, no "seu" piso sintético e com a obrigatoriedade de ganhar depois de ter sido goleado por 4-0 no terreno do Bayern de Munique, na primeira jornada. Com um arranque de jogo avassalador, os moscovitas entraram praticamente a ganhar, ao marcarem um golo logo aos 4 minutos, um golo de grande qualidade, mas totalmente fortuito. Foi, aliás, no primeiro chuto indefensável à baliza de Ricardo.
Com um estádio em gritos de apoio, o Spartak acelerou, em busca do segundo golo, enquanto o Sporting adaptava-se como podia às condições adversas e revelava muitas dificuldades para ter a bola nos pés e trocá-la entre os seus jogadores. Mas à medida que o tempo avançava em direcção ao intervalo, os russos foram perdendo gás e o Sporting, vencendo alguma desarticulação entre sectores, foi crescendo, contando com uma referência na retaguarda: Ricardo, autor de algumas excelentes defesas.
Após o intervalo, o Spartak repetiu a pressão que manifestara no início do jogo, mas agora com menos fulgor, face a um Sporting que ia ganhando confiança e aumentando o tempo de posse de bola, muito à custa das alterações introduzidas por Paulo Bento, que se revela, a cada semana que passa, um excelente treinador de banco. Ora, dar a bola a jogadores como João Moutinho, Nani, Liedson ou Djaló pode significar a perda do controlo das operações. Foi o que sucedeu ao Spartak, pelos 59', quando Nani, a finalizar a melhor jogada colectiva de todo o jogo usou uma diabrura individual para ultrapassar o guarda-redes moscovita e, quase sem ângulo, executou um chuto colocado que restabeleceu a igualdade. Na sequência, um defesa contrário até caiu por cima dos painéis de publicidade, simbolizando, assim, o desastre caseiro do Spartak, ante um Sporting que continua a fazer o seu caminho, como gente grande, entre os maiores do futebol europeu.

 

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